Minha cabeça range os seus dentes
Meu cérebro corre
O coração tenta acompanhar
Palpita, acelera, foge
Para onde estamos indo?
Pergunto em meio a uma onda pensante
O que há por acontecer?
O medo me indispõe vigilante.
Anseio por não ansiar
E ansiando, ansioso vou e fico.
O que há lá fora então?
Como fui parar no meu umbigo?
Luto e reluto
Já vou me parando
Com muito esforço eu quero estar
Exatamente por onde ando
Sabendo então
Que sabedoria não é nada daquilo
Que me disseram ser.