segunda-feira, 3 de junho de 2019

Eu que não aprendi a escrever


Eu não sei onde aprendi a escrever
Na verdade duvido, eu acho é que não sei
E por não saber é que eu insisto
E vou desenhando qualquer coisa nas folhas que encontro por aí

Escrever é um ato que me transborda
É algum tipo de oração
É um desabafo também, um sem guarda, um sem noção.
Escrever não cabe no bolso não.

Se perdi o ritmo e o entusiasmo
Se eu deixei de fora o fato de colocar pra fora
O contorno que me traceja eu fui deixando de ver,
Eu fiquei louco do coração.

Quem me dera ter uns trocados
Quem me dera ter um amor
Quem me dera fazer cada coisa dar certo
E eu no enquanto, era muito mais sincero
E eu no durante, enquanto esperava
Respirava aliviado
Como é bom não chegar lá.
Como é bom estar aqui, sem saber nem mesmo
Qual é a próxima palavra da prosa e da poesia